Inter-Country Quality Node (ICQN) on Peace Education

6 déc. 2012 - Considerando a educação um veículo para a promoção da não-violência, da definição da identidade nacional, da coesão social e dos valores ...
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Inter-Country Quality Node (ICQN) on Peace Education “Fostering a Community of Practice in Africa to Promote Peace through Education” Naivasha Communiqué 6th December 2012 Preamble We, Ministers of Education, members of the Association for the Development of Education in Africa (ADEA) - Inter-Country Quality Node (ICQN) on Peace Education; Having gathered in Naivasha, Kenya, for an International Workshop on the 6th of December 2012, organized through the Ministry of Education of Kenya, which is the lead Country for the ICQN; Appreciating the leadership offered by the Government of Kenya and supported by key development partners; Recognizing that violent conflicts impede the achievement of the Education for All (EFA) goals and the Millennium Development Goals (MDGs) in many African countries; Noting that every effort must, therefore, be directed at ensuring that education systems are well equipped to offer quality education that promotes peace and contributes to socio-economic development can help ensure stability in the region; Sharing the African Union’s vision of education as the principal means of attaining an integrated, peaceful and prosperous Africa as contained in the Plan of Action of the Second Decade of Education for Africa (2006-2015); Considering education as a vehicle for the promotion of non-violence, nation-building, social cohesion and positive values in our society; Recognizing the role played by the ICQN on Peace Education as a mechanism for bringing together African countries facing similar challenges with strategic partners to promote dialogue, collective learning and space for collaborative action on peace-building through education; Acknowledging that considerable progress has been made since the launch of the ICQN on Peace Education in September 2009 when the Mombasa Communiqué was signed; Appreciating the support provided by the Federal Ministry for Economic Cooperation and Development of Germany (BMZ), German BACKUP Initiative—Education in Africa, the InterAgency Network for Education in Emergencies (INEE) through the INEE-GIZ Pan-African Knowledge Hub, the Association for the Development of Education in Africa (ADEA) and UNESCO, whom we urge to continue their support to peace education in Africa; and

Committing to reinforce the role of education in peace-building through the following agreed actions and commitments, Agree to: Reaffirm our commitment to the agreed Mombasa Communiqué of September 2009; Expedite the implementation of the ICQN Action Plan drafted in Naivasha on 4th-6th December 2012; Promote collaboration and partnerships for the operationalisation of the ICQN Action Plan; Revitalize the ICQN as an active mechanism for knowledge exchange and collaboration among African ministries of education as well as an advocacy forum on the role of education as an avenue for peace-building and conflict prevention;"and Reinforce the ICQN as a functional and inclusive platform by which a community of practice is fostered for promoting peace through education. Agreed this 6th Day of December 2012, Naivasha, Kenya

Angola, Botswana, Côte d’Ivoire, République démocratique du Congo, Kenya, Liberia, Mozambique, Somalia, South Sudan, Sudan, Tanzania and Uganda

Pôle de qualité inter-pays (PQIP) sur l'éducation pour la paix "Encourager une communauté de pratique en Afrique pour promouvoir la paix par l'éducation" Naivasha, Kenya Communiqué de Naivasha 6 décembre 2012

PRÉAMBULE Nous, Ministres de l'éducation des pays membres du Pôle de qualité inter-pays (PQIP) sur l'éducation pour la paix, de l’Association pour le développement de l’éducation en Afrique (ADEA) : Nous étant réunis à Naivasha, au Kenya, le 6 décembre 2012, pour participer à un atelier international, organisé par le Ministère de l'éducation du Kenya qui est le pays chef de file du PQIP ; Appréciant le leadership et l'accueil offert par le gouvernement du Kenya et appuyé par les principaux partenaires de développement ; Reconnaissant que les conflits violents entravent la réalisation des objectifs de l'Éducation pour Tous (EPT) et des Objectifs du Millénaire pour le développement (OMD) dans de nombreux pays africains : Soulignant que tous les efforts doivent dès lors viser à garantir que les systèmes éducatifs soient bien équipés pour offrir une éducation de qualité qui favorise la paix et contribue au développement socio-économique qui aide à garantir la stabilité régionale : Partageant la vision de l'Union africaine sur l’éducation comme le moyen principal de parvenir à une Afrique intégrée, pacifique et prospère, telle que convenue dans le plan d'action de la Seconde Décennie de l'éducation pour l'Afrique (2006-2015) ; Considérant l'éducation comme un vecteur pour la promotion de la non-violence, l’édification de la nation, la cohésion sociale et les valeurs positives dans nos sociétés ; Reconnaissant le rôle joué par le PQIP sur l'éducation pour la paix en tant que mécanisme pour rassembler les pays africains confrontés à des défis similaires et les partenaires stratégiques afin de promouvoir le dialogue, l’apprentissage collectif et un espace de collaboration pour l’édification de la paix par l’éducation ;

Reconnaissant que des progrès considérables ont été réalisés depuis le lancement du PQIP sur l'éducation pour la paix en septembre 2009, lorsque le Communiqué de Mombasa a été signé ; Appréciant l’appui fourni par le Ministère fédéral de la Coopération économique et du Développement de l'Allemagne (BMZ), l’initiative allemande BACKUP - éducation en Afrique, le Réseau inter-agences pour l'éducation en situations d'urgence (INEE) à travers le Pôle de connaissance panafricain INEE-GIZ, l'Association pour le développement en Afrique (ADEA) et l'UNESCO, que nous exhortons à poursuivre leur soutien à l’éducation à la paix en Afrique, et Nous engageons à renforcer le rôle de l'éducation dans l’édification de la paix à travers les actions concertées et les engagements ci-après, Convenons de : Réaffirmer notre engagement au Communiqué de Mombasa convenu en septembre 2009 ; Accélérer la mise en œuvre du Plan d'Action du PQIP développé à Naivasha entre le 4 et le 6 décembre 2012 ; Promouvoir la collaboration et les partenariats pour opérationnaliser le Plan d'Action du PQIP ; Revitaliser le PQIP en tant que mécanisme actif d’échange des connaissances et de collaboration entre les Ministères africains de l'éducation, ainsi qu’un forum pour le plaidoyer sur le rôle de l'éducation comme un moyen pour édifier la paix et prévenir les conflits ; et Renforcer le PQIP comme une plate-forme fonctionnelle et inclusive à travers laquelle une communauté de pratique est encouragée pour promouvoir la paix par l'éducation. Approuvé le 6 décembre 2012, Naivasha, Kenya

Angola, Botswana, Côte d'Ivoire, Kenya, Libéria, Mozambique, Ouganda, République démocratique du Congo, Somalie, Soudan du Sud, Soudan et Tanzanie

Inter-Country Quality Node (ICQN) sobre Educação para a Paz “Construindo uma Comunidade de Práticas para a Promoção da Paz através da Educação em África” Comunicado de Naivasha 6 de Dezembro de 2012

Preâmbulo Nós, os Ministros da Educação dos países membros do Inter-Country Quality Node (ICQN) sobre Educação para a Paz - Associação para o Desenvolvimento de Educação em África (ADEA); Tendo estado reunidos em Naivasha, no Quénia no dia 6 de Dezembro de 2012, a participar num workshop internacional organizado pelo Ministério da Educação do Quénia, país que lidera o ICQN; Agradecendo a liderança e calorosa hospitalidade do governo Queniano, apoiada por parceiros-chave de desenvolvimento; Reconhecendo que os conflitos violentos são um impedimento ao cumprimento das Metas de Educação para Todos (EPT) e dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) em muitos países Africanos; Damos nota de que todos os esforços devem ser realizados para garantir que os sistemas educativos estejam bem equipados para disponibilizar serviços de educação de qualidade, que promovam a paz e contribuam para o desenvolvimento socioeconómico que, por sua vez, contribua para assegurar a estabilidade na região; Partilhando a visão da União Africana, contemplada no Plano de Acção da Segunda Década de Educação para África (2006-2015), segundo a qual, a educação é o principal meio para se conseguir uma África integrada, pacífica e próspera; Considerando a educação um veículo para a promoção da não-violência, da definição da identidade nacional, da coesão social e dos valores positivos nas nossas sociedades; Reconhecendo o papel desempenhado pelo ICQN sobre Educação para a Paz enquanto mecanismo de encontro entre os países Africanos que enfrentem desafios semelhantes e parceiros estratégicos, com vista a promover o diálogo, a aprendizagem coletiva e à criação de espaços para a construção da paz através da educação; Sabendo que têm sido feitos progressos consideráveis desde o surgimento do ICQN sobre Educação para a Paz, em setembro de 2009, altura em que o Comunicado de Mombasa foi assinado;

Valorizando o apoio do Ministério Federal Alemão da Cooperação Económica e do Desenvolvimento (BMZ), da Iniciativa Alemã BACKUP - Educação em África, da Rede Interinstitucional para a Educação em situação de Emergência (INEE), através da Plataforma Pan-Africana de Conhecimento INEE-GIZ, da Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) e da UNESCO, aos quais apelamos que continuem a apoiar a educação para a paz em África; e Comprometendo-nos a reforçar o papel da educação na construção da paz, através das seguintes acções e compromissos acordados. Acordamos em: Reafirmar o compromisso para com o acordado Comunicado de Mombasa de setembro de 2009; Assegurar a célere implementação do plano de acção do ICQN, cuja primeira versão foi concebida em Naivasha, entre os dias 4 e 6 de dezembro de 2012; Promover a colaboração e estabelecimento de parcerias para a operacionalização do Plano de acção do ICQN; Revitalizar o ICQN enquanto mecanismo de troca de conhecimento e colaboração entre os ministérios da educação, assim como, fórum de advocacia em prol do papel da educação na construção da paz e na prevenção de conflitos; e Reforçar o ICQN enquanto uma plataforma funcional e inclusiva, através da qual é dinamizada uma comunidade de práticas para a promoção da paz através da educação. Acordado a 6 de Dezembro de 2012, em Naivasha, no Quénia

Angola, Botswana, Costa do Marfim, Libéria, Moçambique, Quénia, República Democrática do Congo, Somália, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Uganda

Annex MOMBASA COMMUNIQUE SEPTEMBER 2009 PREAMBLE:

We, Ministers of Education of Africa and delegations of the represented countries in the Regional Workshop organized by the Association for the Development of Education in Africa (ADEA) under the auspices of the Inter-Country Quality Node (ICQN) on Peace Education, held from 14th – 16th September 2009 in Mombasa, on the theme: Education for Fostering Peace: Integration and Partnerships; Recognizing 21st September as World Peace day which all countries should observe;

Recalling the Mombasa Declaration of 2004, where countries present committed themselves to utilize their education systems as agencies and forces for peace-building, conflict prevention, conflict resolution and nation building;

Recognizing that conflict, insecurity and instability continue to pose major challenges to economic, social and cultural development in several African countries and therefore the need to ensure good governance, democracy and the promotion of human rights;

Recognizing that without peace there can be no human, social, economic and spiritual development be it at individual, community, country and global level;

Recognizing that conflict and instability compromise educational quality and achievements made towards Education for All (EFA), Second Decade of Education and Millennium Development Goals (MDGs);

Convinced that peace is not necessarily the absence of war and that peace and stability should not be taken for granted but nurtured and sustained in our hearts and minds, especially in times of stability;

Acknowledging the tremendous efforts our countries are making to intergrate peace education in their education systems;

Agree:

To address structural issues that promote sustainable peace and justice; not forgetting promoting the means to assist citizens, young and old, to free themselves from emotional programming such as hate and suffering that could negatively influence the evolution of future generations;

That education, as a foundation for development and as an instrument for fostering a culture of peace, should go beyond the acquisition of knowledge and skills to seek the transformation of hearts and minds in order to enable human beings to live in harmony; bring learners to consider the racial, religious and cultural diversity of their societies as an important part of their national heritage, integrate this diversity into education, formal and non-formal programs for children, youth and adults as well as incorporate a dimension specifically aimed at eradicating violence and promoting peaceful co-existence among people;

To formulate and strengthen national policies and strategies and to ensure effective implementation, monitoring and evaluation of peace education programs;

To build the necessary capacities for peace education at all levels, paying special attention to peace educators, trainers and teachers, curriculum developers, field officers and other civil society organizations, elders, parents, parents’ associations and communities in general, in order to ultimately empower education managers and all learners to become agents of peace in their societies, paying, special attention to the need for capacity building in post-conflict regions for the inclusion of marginalized and vulnerable groups such as women, children and persons with special needs;

To encourage strategic inter-disciplinary, inter-regional and multi-sectoral partnerships and collaboration with policy makers, community leaders, civil society, the business community and development partners for more effective implementation of peace education;

Appeal to all African governments to ensure constitutional and legal enforcement of human rights and the protection of human dignity as well the respect of cultural diversity;

Strongly appeal to African Governments to work with all partners and in particular the media, to promote positive messages and legislate against hate speech and inflammatory communication in order to protect citizens and ensure the preservation of peace and stability at all times;

Appeal to African Governments to urgently put in place programs and strategies that create employment and income generating activities for the youth in order to minimize desperation and hopelessness amongst the youth;

Encourage the Association for the Development of Education in Africa (ADEA) to continue to support and coordinate the Inter-Country Quality Node on Peace Education. Agreed this 16th day of September 2009 ANGOLA

COTE D’IVOIRE

DEMOCRATIC REPUBLIC OF CONGO

KENYA

SOUTH AFRICA

SUDAN

UGANDA

Annexe COMMUNIQUÉ DE MOMBASA SEPTEMBRE 2009 PRÉAMBLE: Les Ministres africains de l’éducation et nos représentants, présents à l’atelier régional du Pôle de qualité inter-pays de l’Association pour le développement de l’éducation en Afrique (ADEA) sur l’éducation pour la paix, qui s’est tenu du 14 au 16 septembre 2009 à Mombasa, au Kenya, sur le thème : Éducation pour la paix : intégration et partenariats ; Reconnaissant le 21 septembre journée internationale de la paix que tous les pays devraient célébrer ; Rappelant la Déclaration de Mombasa de 2004, dans laquelle les pays présents se sont engagés à utiliser leurs systèmes éducatifs comme instruments et forces pour la construction de la paix, la prévention et la résolution des conflits, et la construction des nations ; Constatant que les conflits, l’insécurité et l’instabilité continuent de poser des défis majeurs au développement économique, social et culturel de nombreux pays africains ; Reconnaissant que sans la paix, il ne peut y avoir de développement humain, social, économique ou spirituel, tant au niveau individuel, qu’au niveau des communautés, des nations et du monde ; Reconnaissant que les conflits et l’instabilité compromettent à long terme la qualité de l’éducation et la réalisation des objectifs d’éducation pour tous (EPT) et de la Deuxième décennie de l’éducation tout comme les objectifs de développement du millénaire (ODM) ; Convaincus qu’en l’absence de conflit et de guerre, la paix ne doit pas être considérée comme acquise mais qu’elle doit être développée et entretenue dans les cœurs et les esprits ; Reconnaissant également les efforts considérables déployés par nos pays pour intégrer l’éducation pour la paix dans nos systèmes éducatifs ; Convenons: De la nécessité de s’attaquer aux problèmes structurels qui visent à promouvoir la paix durable et la justice en n’oubliant pas de promouvoir les moyens qui aideront les citoyens, les jeunes et les adultes de se libérer des programmations émotionnelles telles que haine et souffrance qui risqueraient d’influencer l’évolution négative de nombreuses générations futures ;

Que nos systèmes éducatifs, comme fondement du développement et instrument pour promouvoir une culture de la paix, devraient : aller au-delà de l’acquisition des connaissances et des compétences et viser la transformation des cœurs et des esprits afin de permettre une vie harmonieuse entre les être humains ; amener les apprenants à considérer la diversité ethnique, religieuse et culturelle de leurs sociétés comme une richesse plutôt que comme un problème ; D’intégrer cette diversité dans les programmes d’éducation formelle et non-formelle des enfants, des jeunes et des adultes ; d’incorporer dans les programmes une dimension spécifique visant à éradiquer la violence et à promouvoir l’amour entre les individus ; De formuler et de renforcer nos politiques et stratégies nationales afin d’assurer la mise en œuvre, le suivi et l’évaluation efficaces des programmes d’éducation pour la paix ; De renforcer les capacités pour l’éducation pour la paix à tous les niveaux, en accordant une attention spéciale aux éducateurs, aux formateurs, aux spécialistes de développement des curricula, aux personnels de terrain, aux organisations de la société civile, aux notables, aux parents, aux associations de parents d’élèves et aux communautés de manière générale, afin d’habiliter tous les apprenants et faire de chacun d’eux des agents de la paix dans leurs sociétés, tout en accordant une attention particulière aux pays en situation de post-conflit et dans un souci d’inclusion, aux besoins en renforcement des capacités des groupes marginalisés et vulnérables tels que les femmes, les enfants et les personnes avec des besoins spéciaux ; D’encourager les partenariats stratégiques entre disciplines, entre régions et entre secteurs ainsi que la collaboration avec les décideurs politiques, les leaders de communautés, la société civile, le monde des affaires, et les partenaires au développement pour une meilleure mise en œuvre des initiatives d’éducation pour la paix ; D’appeler tous les gouvernements africains à assurer le respect de la constitution et l’application des lois relatives aux droits humains, à la protection de la dignité humaine et au respect de la diversité culturelle ; D’appeler solennellement les gouvernements africains à collaborer avec toutes les parties prenantes, et en particulier avec les media, afin de promouvoir une communication positive qui contribue à la cohésion nationale, et légiférer contre les discours qui incitent à la haine et les propos incendiaires afin de protéger les citoyens, tout en préservant la paix et la stabilité à tout moment ; Appelons solennellement les gouvernements africains à mettre en place de manière urgente des programmes et stratégies qui génèrent des emplois et des revenus pour les jeunes afin d’éradiquer leur désespoir et leur sentiment de démoralisation ;

D’encourager l’Association pour le développement de l’éducation en Afrique (ADEA) de continuer à appuyer et à coordonner le Pôle de qualité inter-pays sur l’éducation pour la paix. Approuvé le 16 septembre 2009 AFRIQUE DU SUD ANGOLA COTE D'IVOIRE KENYA REPUBLIQUE DEMOCRATIQUE DU CONGO SOUDAN OUGANDA

Anexo COMUNICADO DE MOMBASA SETEMBRO 2009 PREÂMBULO:

Nós, os Ministros de Educação em África e as delegações dos países representados no Workshop Regional organizado pela Associação de Desenvolvimento da (ADEA), no âmbito do Inter-Country Quality Node (ICQN) sobre Educação para a Paz, decorrido entre os dias 14 e 16 de setembro de 2009 em Mombasa, subordinado ao tema: Educação no Fomento da Paz: Integração e Parcerias;

Reconhecendo o dia 21 de setembro como o Dia Mundial da Paz, que todos os países devem assinalar;

Retomando a Declaração de Mombasa de 2004, na qual os países presentes se comprometeram a fazer uso dos seus sistemas de ensino enquanto agências e forças de construção da paz, prevenção e resolução de conflitos e definição da identidade nacional;

Reconhecendo que os conflitos, a insegurança e instabilidade continuam a impor grandes desafios ao desenvolvimento económico, social e cultural em vários países Africanos e que, por isso, é necessário assegurar a boa governação, a democracia e a promoção dos direitos humanos;

Reconhecendo que sem paz, não pode existir desenvolvimento humano, social, económico ou espiritual, seja ao nível individual, comunitário, nacional ou internacional;

Reconhecendo que os conflitos e a instabilidade comprometem a qualidade da educação e o cumprimento das Metas de Educação para Todos (EPT), a Segunda Década da Educação e os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM);

Convencidos/as que a paz não é, necessariamente, a ausência de guerra e que a paz não deve ser tomada como certa mas, antes alimentada e sustentada nos nossos corações e nas nossas mentes, especialmente em períodos de instabilidade;

Tendo consciência dos grandes esforços que os países estão a fazer para integrar a educação para a paz nos seus sistemas de ensino;

Acordamos em:

Desenvolver questões estruturantes que promovam a sustentabilidade da paz e justiça; não esquecer a promoção de meios de assistência aos cidadãos, de todas as idades, de maneira a que eles se possam libertar de sentimentos como o ódio e o sofrimento que, por sua vez, podem influenciar de forma negativa a evolução das gerações futuras.

Que a educação, enquanto um dos pilares do desenvolvimento e como um instrumento de construção de uma cultura de paz, não deve ser apenas a aquisição de conhecimento e desenvolvimento de competências mas, sim uma forma de transformar a mente e o coração de tal forma que os seres humanos possam viver em harmonia; orientar os estudantes a terem em consideração a diversidade racial, religiosa e cultural das suas sociedades como uma parte importante da sua herança nacional e integrar essa diversidade nos programas de educação informal, não-formal e formal, dirigidos a crianças, jovens e adultos, assim como, incorporar nesses programas uma dimensão de erradicação da violência e promoção da coexistência pacífica entre as pessoas.

Formular e fortalecer as políticas e estratégias e assegurar a efetiva implementação, monitorização e avaliação de programas de educação para a paz;

Desenvolver as competências necessárias à educação para a paz a todos os níveis, tendo em atenção os educadores que trabalham nesta área, assim como os formadores, professores, as equipas que concebem os currículos, os técnicos do terreno, outras associações da sociedade civil, associações de pais, anciãos, pais e comunidades em geral, no sentido de incentivar os gestores da educação e todos os/as alunos/as a serem agentes de promoção da paz nas suas comunidades e tendo em conta o desenvolvimento de competências para a inclusão de grupos marginalizados e vulneráveis, tais como mulheres, crianças e pessoas com necessidades especiais, particularmente em regiões que se encontrem em situação de pós-conflito;

Encorajar estratégias interdisciplinares e parcerias inter-regionais e multissectoriais, bem como a colaboração entre decisores políticos, líderes comunitários, sociedade civil,

comunidade

empresarial

e

parceiros

do

desenvolvimento,

para

uma

implementação da educação para a paz mais eficaz.

Apelar a todos os governos Africanos que assegurem o reforço constitucional e legal no que se refere aos direitos humanos, à proteção da dignidade humana e o respeito pela diversidade cultural;

Apelar fortemente aos governos Africanos para que trabalhem com todos os parceiros, em particular com os meios de comunicação social, no sentido de promoverem mensagens positivas e legislarem contra discursos que apelem ao ódio e comunicação “inflamatória” e, assim, protegerem os cidadãos e assegurarem a manutenção da paz e estabilidade em qualquer altura;

Apelar aos governos Africanos para, rapidamente, coloquem em prática programas e estratégias que possam criar postos de trabalho e atividades de geração de rendimento

para as/os jovens, no sentido de minimizar os sentimentos de desespero ou desalento entre eles;

Encorajar a Associação para o Desenvolvimento da Educação em África (ADEA) para que continue a apoiar o Inter-Country Quality Node sobre Educação para Paz.

Assinado a 16 de setembro de 2009 ÁFRICA DO SUL

SUDÃO

ANGOLA

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO

COSTA DO MARFIM

UGANDA

QUÉNIA